| Descrição | Fragmento de placa ornamental em marfim com decoração gravada e delimitada por uma fina moldura em ambos os lados. De um lado, encontra-se representada uma águia real de asas abertas e, do outro, um cervídeo que sustenta na boca um elemento fitomórfico. Ambas as figuras estão envolvidas de motivos vegetalistas. Talvez integrasse originalmente a tampa de uma arqueta, como indicia um orifício existente no canto inferior. A gramática decorativa, circunscrita no interior de uma moldura simples e sem trépano, aproximam esta peça doutras produzidas na oficina cordovesa de Halaf, dos inícios do último quartel do séc. X. Esta peça integra o espólio exumado nos restos de construções de cronologia califal no Castelo de Silves (Cast. Q3/C5-1).
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| Bibliografia | Cláudio Torres e Santiago Macias, O legado islâmico em Portugal, Lisboa, Círculo de Leitores, 1998, p. 206; Maria da Conceição Amaral, "Placa ornamental (fragmento)", Discover Islamic Art. Place: Museum With No Frontiers, 2014; Rosa Varela Gomes, "Placa. Marfim", Portugal Islâmico. Os últimos sinais do Mediterrâneo. Catálogo de exposição, Lisboa, IPM, MNA, 1998, p. 102; Rosa Varela Gomes e Mário Varela Gomes, Palácio Almoada da Alcáçova de Silves. Catálogo, Lisboa, Museu Nacional de Arqueologia, 2001, p. 55; Rosa Varela Gomes, Silves (Xelb), uma cidade do Gharb Al-Andalus: a Alcáçova (Trabalhos de Arqueologia, 35), Lisboa, Instituto Português de Arqueologia, 2003, pp. 444-445; Idem, "Fragmento de placa insculturada no Castelo de Silves", Arqueologia Medieval, 2, 1993, pp. 79-83.
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