| Descrição | Villa romana, onde foram exumados materiais do séc. I ao séc. IV, bem como testemunhos de ocupação durante a época visigótica e islâmica. Escavações arqueológicas trouxeram a descoberto uma basílica paleocristã de planta quadrangular que continuou a servir de local de culto a uma pequena comunidade aldeã moçárabe ali estabelecida. O edifício terá passado por quatro fases construtivas, embora, segundo Rafael Alfernim e Conceição Lopes, não tenha registado alterações significativas durante a ocupação islâmica. Manuel Luís Real, porém, refere uma remodelação espaço interior do templo, com a criação de um falso transepto com muros de pedra miúda e aparelho similar ao usado em construções do período califal. Os abundantes materiais arqueológicos, sobretudo cerâmica, de cronologia islâmica encontrados nesta antiga villa testemunham a sua ocupação até, pelo menos, o séc. XII. Talvez o núcleo moçárabe tenha sido destruído na sequência da forte reação almoada.
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| Bibliografia | Manuel Luís Real, "Os Moçárabes do Gharb Português", Portugal Islâmico. Os Últimos sinais do Mediterrâneo, Lisboa, 1998, p. 45; Susana Gómez Martínez, Mathieu Grangé e Gonçalo Lopes, "A cerâmica islâmica no Alentejo", Arqueologia Medieval, 12, 2012, p. 115; Manuel Luís Real, "Inovação e resistência: dados recentes sobre a antiguidade cristã no ocidente peninsular", IV Reunió D'Arqueologia Cristiana Hispànica, Barcelona, Institut d'Estudis Catalans, 1995, p. 49; Rafael Alfenim e Maria da Conceição Lopes, "A basílica paleocristã / visigótica do Monte da Cegonha (Vidigueira)", IV Reunió D'Arqueologia Cristiana Hispànica, Barcelona, Institut d'Estudis Catalans, 1995, pp. 389-399; C. Lopes e R. Alfenim, "A vila romana do Monte da Cegonha", Arqueología en el entorno del Bajo Guadiana. Encuentro Internacional de Arqueología del sudoeste, Huelva, Universidad de Huelva, 1994, pp. 485-502.
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