Património

Poço-cisterna de Silves

LocalSilves / Silves
OrigemSilves
Entidade TitularMuseu Municipal de Arqueologia de Silves
DesignaçãoPoço-cisterna de Silves
CronologiaSécs. XII-XIII
Dimensões2,45 m diâmetro da boca; 18 m profundidade
DescriçãoPoço-cisterna de época almóada usado para abastecer grande parte da zona baixa da cidade, nomeadamente os banhos públicos, que se situariam a cerca de 100 metros. Construído em alvenaria de pedra local (grás vermelho de Silves), é uma estrutura circular, cujo acesso ao interior é feito por uma escada helicoidal relativamente ampla (c. 1,2 m de largura por 2,20 m de altura média). Os quatro lanços de escada são cobertos, cada um, por uma pequena e segmentada abóboda de berço. 3 janelas, com abóbadas de perfil semicircular, fazem a ligação entre a galeria da escadaria e o poço, permitindo também o arejamento e a iluminação natural do espaço. O facto de possuir uma escadaria espiralada de acesso ao interior diferencia este poço-cisterna. Os vestígios materiais identificados no seu interior revelam que a estrutura foi entulhada em finais do séc. XVI. Do poço-cisterna foram resgatados numerosos elementos cerâmicos, do qual fazem parte peças de importação valenciana e sevilhana, assim como outras de fabrico italiano, holandês e chinês, além de peças locais. O local onde a cisterna foi construída revelou materiais de épocas anteriores à ocupação islâmica (tardo-romano e visigótico-bizantino). Este poço-cisterna foi identificado em 1979 e encontra-se actualmente no interior do Museu Municipal de Arqueologia de Silves.
BibliografiaCláudio Torres e Santiago Macias, O legado islâmico em Portugal, Lisboa, Círculo de Leitores, 1998, p. 205; Maria da Conceição Amaral, “Poço-Cisterna” in Discover Islamic Art. Place: Museum With No Frontiers, 2014; Rosa Varela Gomes e Mário Varela Gomes, Palácio Almoada da Alcáçova de Silves. Catálogo, Lisboa, Museu Nacional de Arqueologia, 2001, p. 136; Mário Varela Gomes e Rosa Varela Gomes, “Cerâmicas estampilhadas muçulmanas e mudéjares do poço-cisterna de Silves”, I Encontro Nacional de Arqueologia Urbana, Lisboa, IPPC, 1986, pp. 127-141; Rosa Varela Gomes e Mário Varela Gomes, "O poço-cisterna almóada de Silves", El água en zonas áridas: arqueologia e história, vol. II, Almería, Instituto de Estudios Almeirienses, pp. 577-605; Rosa Varela Gomes, "Da Silves islâmica à Silves da expansão. A evidência arqueológica", Monumentos, n.º 23, 2005, pp. 22-29; Teresa Júdice Gamito, "A cisterna árabe e a sua possível ligação à mesquita maior da cidade", Monumentos, n.º 23, 2005, pp. 56-61;
Linkshttp://igespar.pt/pt/patrimonio/pesquisa/geral/patrimonioimovel/detail/69722/

http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=1323

http://www.discoverislamicart.org/database_item.php?id=monument;ISL;pt;Mon01;16;pt


Categoria(s)Arquitetura Arqueologia
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