Património

Fragmento de pia de abluções em corda seca total com representação da Khamsa

LocalTavira / Tavira
OrigemTavira
Entidade TitularMuseu Municipal de Tavira (MMT00002731)
DesignaçãoFragmento de pia de abluções em corda seca total com representação da Khamsa
CronologiaSécs. XII-XIII
Dimensões10,2 cm comprimento, 9,7 cm largura
DescriçãoFragmento do bojo de uma pia de abluções em cerâmica, fabricada com pasta de textura heterogénea e arenosa. Ostenta decoração usando a técnica de corda seca total: uma khamsa (mão de Fátima) pintada a vidrado verde de óxido de cobre (os dedos) e branco de óxido ferroso (parte inferior da mão), inscrita no interior de uma secção que parece ser um arco em ferradura. Este fragmento apresenta ainda parte do braço realizado a vidrado melado de óxido ferroso. Não são conhecidos paralelos. Porém, a representação da khamsa não é rara noutras peças de cerâmica, quer pintada, quer em estampilha em superfícies de talhas. A khamsa é um dos talismãs mais frequentes, representando os cinco pilares do Islão e os contornos da palavra "Allah" e a sua representação é relativamente comum em peças cerâmicas. No Museu Municipal de Tavira, conserva-se um fragmento de talha que apresenta o mesmo motivo decorativo estampilhado (MMT00002618). Esta peça foi encontrada nas escavações realizadas no Convento da Graça, em Tavira.
BibliografiaSandra Cavaco e Jaquelina Covaneiro, “Fragmento de pia de abluções em corda seca total com representação da Khamsa”, Tavira Islâmica. Núcleo Islâmico Museu Municipal de Tavira. Catálogo, Tavira, Câmara Municipal de Tavira, 2012, p. 52; Tânia Diniz, Jaquelina Covaneiro e Sandra Cavaco, "Formas de cerâmica almoada provenientes do Convento da Graça (Tavira)", Arqueologia Medieval, 12, 2012, p. 176; Luís Maçarico, "A importância dos objectos para a leitura do passado. A chamada Mão de Fátima na cerâmica do al-Andalus. O olhar do antropólogo", Arqueologia Medieval, 12, 2012, pp. 185-191; Sandra Cavaco e Jaquelina Covaneiro, "Fragmento cerâmico com representação de 'Khamsa'", Os signos do quotidiano: gestos, marcas e símbolos no Al-Ândalus. Catálogo da exposição, Mértola, Campo Arqueológico de Mértola, 2011, p. 29; Sandra Cavaco e Jaquelina Covaneiro, “Cerâmicas estampilhadas provenientes de Tavira”, Xelb, 8 (Actas do 5º Encontro de Arqueologia do Algarve), vol. II, pp. 158, 165; Abdallah Kwahli. "A Mão de Fátima e a sua Representação na Arte Hispano-Muçulmana. Cerâmica estampilhada de Mértola", Arqueologia del Entorno del Bajo Guadiana. Actas del Encuentro Internacional de Arqueologia del Suroeste, Huelva, 1994, pp. 605-618; Jaquelina Covaneiro e Sandra Cavaco, “Convento da Graça – Alicerces com História”, Pousada do Convento da Graça, ENATUR, 2006, pp. 37-49; Idem e Gonçalo Lopes, “O Bairro Almóada do Convento da Graça (Tavira)”, Promontoria Monográfica, 11, 2004, pp. 51-62.
Categoria(s)Arqueologia
ComentariosOrigem da imagem: “Fragmento de pia de abluções em corda seca total com representação da Khamsa”, Tavira Islâmica. Núcleo Islâmico Museu Municipal de Tavira. Catálogo, Tavira, Câmara Municipal de Tavira, 2012, p. 52;
Images