Castelo de Noudar

Local	Barrancos / Barrancos / Noudar
Designação	Castelo de Noudar
Cronologia	Sécs. X-XI
Descrição	Localizado a uma altitude de 265 metros, dominando o vale que desce para o Rio Ardila, o castelo de Noudar seria, durante a ocupação islâmica, uma simples torre (burdj) ou um pequeno castelo, não suficientemente grande para adoptar o carácter de hisn, que servia de protecção a um pequeno povoado. Essa torre ou castelo, hoje desaparecido, situar-se-ia no espaço onde foi mais tarde erguida a alcáçova, já no reinado de D. Dinis. O único possível vestígio da ocupação islâmica hoje visível é o pano da muralha do lado Sul da alcáçova. Trata-se de uma construção em taipa, com cerca de 52 metros de extensão. Mais tarde, durante a campanha de reconstrução dionisina, este pano de muralha foi revestido de alvenaria de xisto. Esta fortificação defenderia um povoado com perto de dez quilómetros quadrados e uma alcaria que integrava um bosque, campos de cultivo extensivo e uma horta de cultivo intensivo. Ao longo de todo cerro foram descobertos vestígios de várias estruturas habitacionais. Segundo Real, o povoado estruturar-se-ia em duas áreas separadas por uma rua, para a qual as habitações tinham a porta de acesso, formando estas, assim, uma espécie de muralha para o exterior do povoado. A construção em xisto dos muros tem paralelo com a identificada em Alcaria Longa. A ocupação islâmica de Noudar tem o seu termo nos séculos XII-XIII, restando vários testemunhos materiais desse período, em particular nas estruturas habitacionais o que indicia um abandono rápido, e precipitado pela acção militar, do povoado.
Bibliografia	Santiago Macias, "Castelo de Noudar", in Discover Islamic Art. Place: Museum With No Frontiers, 2014; Miguel Rego, “A ocupação islâmica de Noudar", Arqueología Medieval, n.º 8, 2003, pp. 69-82; Susana Gómez Martínez, Mathieu Grangé e Gonçalo Lopes, "A cerâmica islâmica no Alentejo", Arqueologia Medieval, 12, 2012, p. 115; Adelino de Matos Coelho, O Castelo de Noudar – Fortaleza Medieval, Barrancos, Câmara Municipal de Barrancos, 1986; Miguel Rego, “Investigações arqueológicas no Castelo de Noudar”, Arqueología en el entorno del Bajo Guadiana, Huelva, 1994, pp. 37-53; Idem, Noudar (Barrancos): do Calcolítico à vila medieval, Huelva, 2001; Idem, “Noudar no contexto da margem esquerda do Guadiana em época islâmica”, Actas de las I Jornadas de Cultura Islámica, Almonaster la Real, 2001, pp. 99-112; Idem, "A ocupação islâmica de Noudar", Arqueologia Medieval, 8, 2003, pp. 69-82; Hugo Miguel Pinto Calado, A Raia Alentejava Medieval e os Pólos de Defesa Militar. O Castelo de Noudar e a Defesa do Património Nacional, Lisboa, 2007.
Links	http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=898 http://igespar.pt/pt/patrimonio/pesquisa/geral/patrimonioimovel/detail/70654/ http://www.discoverislamicart.org/database_item.php?id=monument;ISL;pt;Mon01;28;pt
Categoria(s)	Arquitetura
Comentarios	Origem da imagem: https://www.google.pt/search?q=castelo+Barrancos&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiW157Ng7LXAhWBFxQKHTtPATcQ_AUICigB&biw=900&bih=376&dpr=1.5#imgrc=wfTU5l6TCNlCWM:
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