Lápide funerária do Bispo Julianus
Local | Lisboa / Lisboa |
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Origem | Cacela Velha |
Entidade Titular | Museu Nacional de Arqueologia (2003.48.1) |
Designação | Lápide funerária do Bispo Julianus |
Cronologia | 379 H. / 991 d. C. |
Dimensões | 37,5 cm altura, 30 cm largura, 4,2 cm profundidade |
Descrição | Lápide moçárabe, fabricada em mármore branco e gravada a buril. O epitáfio está inscrito numa moldura formada por um encordoado simples. A epÃgrafe está em latim e revela qualidade e erudição ao nÃvel epigráfico e textual. Refere-se ao bispo D. Julião, possivelmente bispo de Santa Maria de Faro e figura importante durante o perÃodo califal, falecido a 21 de Março de 991: "Hic requiescun[t] / me(m)bra Iuliani episcopi / qui obiit XII K(a)le(nda)s Apr(i)l(e)s / era (millesima) XXIIIII post t(empor)a / queso lector pro eo orare / non abnuas sic Chr(istu)m D(omi)n(u)m / protectore(m) habeas" ("Aqui descança o corpo de Julião, bispo, que morreu pelas 12ª calendas de Abril da era miléssima vigéssima quinta. Peço, a ti leitor, que não recuses orar por ele, para que tenhas em Cristo (Nosso) Senhor, um protector". A fórmula introdutória da epÃgrafe, bem como a tipologia dos caracteres e o motivo decorativo da moldura encontra parelelismos com uma inscrição de Córdova, do ano 982, conservada no Museu Arqueológico de Sevilha. Maria Manuela Alves Dias (1999) pondera a hipótese da lápide ser proveniente da oficina lapidária de Córdova. Encontrada no lugar da Fonte Salgada, nos arredores de Cacela, foi revelada, pela primeira vez, por Estácio da Veiga a EmÃlio Hubner, que a publicou em 1871. Depois, foi-lhe perdido o paradeiro até meados dos anos 90 do séc. XX, quando foi localizada por Rui Parreira e adquirida pelo IPPAR. A lápide foi transferida para o Museu Nacional de Arqueologia por ocasião da exposição "Portugal Islâmico". |
Bibliografia | Manuel LuÃs Real, "Lapide funerária", in Discover Islamic Art. Place: Museum With No Frontiers, 2014; Manuela Alves Dias, "Lápide do Bispo Julião. Mármore", Portugal Islâmico. Os últimos sinais do Mediterrâneo. Catálogo de exposição, Lisboa, IPM, MNA, 1998, p. 88; Jaquelina Covaneiro e Sandra Cavaco, "Lápide funerária do bispo Iulianus", Tavira Islâmica. Núcleo Islâmico Museu Municipal de Tavira. Catálogo, Tavira, Câmara Municipal de Tavira, 2012, pp. 44-45; Maria Manuela Alves Dias, "Sobre o epitáfio de Juliano, Bispo (Cacela, 987 d. C.)", Arqueologia Medieval, 6, 1999, pp. 11-18; Paulo Almeida Fernandes, "Lápide funerária do bispo Iulianus", Tavira. Território e Poder, Tavira, Câmara Municipal de Tavira, 2003, pp. 297-298; Manuel LuÃs Real, "Inovação e resistência: dados recentes sobre a antiguidade cristã no Ocidente Peninsular", IV Reunió D'Arqueologia Cristiana Hispà nica, Barcelona, Institut d'Estudis Catalans, 1995, p. 50; Manuel LuÃs Real, “Lápide funerária do Bispo Julião”, Cristo, fonte de esperança. Catálogo. Exposição do Grande Jubileu do Ano 2000, Porto, 2000, pp. 200-201; Emil Hubner, Inscriptiones Hispaniae Christianae, Berlin, 1871, p. 69; J. M. C. Sousa, "Relação das inscrições dos séculos VIII a XIII existentes em Portugal", Ethnos, n.º 3, Lisboa, 1948, p. 115; |
Links | http://www.discoverislamicart.org/database_item.php?id=object;ISL;pt;Mus01_C;48;pt http://www.matriznet.dgpc.pt/MatrizNet/Objectos/ObjectosConsultar.aspx?IdReg=128557 |
Categoria(s) | Arqueologia |
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