Descrição | Igreja moçárabe de planta longitudinal, composta pela nave trapezoidal e cabeceira formada por capela-mor, com perfil semicircular e dois absidÃolos rectangulares, a que se adossam capelas, anexos e a torre sineira. Esta igreja espelha uma corrente classicista do moçarabismo ocidental. Tal é patente nos seis capitéis do templo primitivo conservados nas arcarias que separam as naves do corpo da igreja. Alguns são aproveitamentos de peças do perÃodo tardo-romano, outros foram realizados a partir de peças antigas embora reformando-as e outros ainda foram concebidos de raiz mas tentando imitar os modelos clássicos. "A estrutura e o desenho dos capitéis de Santo Amaro possuem a ingenuidade de certas esculturas coevas que decoram também alguns templos do norte peninsular, como os da cripta de San salvador de Leyre. Relativamente à escultura moçárabe, as formas tornam-se cada vez mais rudes e o relevo transforma-se. O bisel deixa de ser exclusivamente obtido a partir da escavação da superfÃcie lisa do suporte e passa a resultar do desbaste dessa mesma superfÃcie, adquirindo as formas maior vulto" (Real, 1998, 44). Actualmente, a igreja integra o Núcleo Visigótico do Museu Regional de Beja
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Bibliografia | Paulo Almeida Fernandes, "Ecletismo. Classicismo. Regionalismo. Os caminhos da arte cristã no Ocidente peninsular entre Afonso III e al-Mansur", Muçulmanos e cristãos entre o Tejo e o Douro (sécs. VIII-XIII), Palmela, Porto, Câmara Municipal de Palmela, Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 2002, pp. 296-297; Manuel LuÃs Real, "Os Moçárabes do Gharb português", Portugal Islâmico. Os Últimos sinais do Mediterrâneo, Lisboa, 1998, pp. 43-44; Idem, "Inovação e resistência: dados recentes sobre a antiguidade cristã no ocidente peninsular", IV Reunió D'Arqueologia Cristiana Hispà nica, Barcelona, Institut d'Estudis Catalans, 1995, pp. 46-47; Idem, "Portugal: cultura visigoda e cultura moçárabe", Visigodos y Omeyas. Un debate entre la Antiguedad tardÃa y la alta Edad Media. Anejos de Archivo Español de ArqueologÃa, vol. XXIII, Madrid, CSIC, 2000, p. 66; Cláudio Torres, "A Igreja de Santo Amaro", Núcleo Visigótico – Museu Regional de Beja, Beja, Museu Regional de Beja, 1993, pp. 19-27; Carlos Alberto Ferreira de Almeida, História da Arte em Portugal, vol. 2, Lisboa, Alfa, 1986, p. 119.
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