Descrição | Duas jarras idênticas, fabricadas em cerâmica de pasta rosada compacta, de textura porosa. Têm bordo extrovertido biselado, colo troncocónico invertido, corpo globular, base convexa com pé anelar e asa vertical de secção canelada. Foram executadas com uma técnica mista que conjuga um corpo impresso em molde com um colo torneado. A superfÃcie interior é revestida com um vidrado melado, enquanto que a face exterior apresenta uma espessa camada de vidrado branco opaco de óxido de estanho, sobre a qual se aplicaram motivos decorativos em dourado ou reflexo metálico que se ajustam à decoração em relevo do corpo. A decoração organiza-se numa composição de sebqa (arcos polilobulados sustentados por colunas torças que enquadram representações fitomórficas) no interior da qual se inscrevem bolbos de lótus formados pela contraposição de duas palmetas. Estas peças foram encontradas na alcáçova do castelo de Mértola. Trata- se peças importadas, possivelmente de Málaga. Conhece-se uma decoração similar registada em cerâmica de AlmerÃa, Córdova, Jerez de la Frontera, Alcácer do Sal e Silves
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Bibliografia | Susana Gómez Martinez, "Jarra de loiça dourada", Portugal Islâmico. Os últimos sinais do Mediterrâneo. Catálogo de exposição, Lisboa, IPM, MNA, 1998, pp. 91-92; Idem, “Catálogo da cerâmica", Museu de Mértola. Arte Islâmica, Mértola, Campo Arqueológico de Mértola, 2001, p. 126; Idem, "Cerámica a molde de época islámica", Arqueologia Medieval, n.º 9, 2007, pp. 227-228; Cláudio Torres, Cerâmica Islâmica Portuguesa. Catálogo, Mértola, Campo Arqueológico de Mértola, 1987, n.º 75 e 76; Idem, "A loiça dourada de Mértola", Arqueologia Medieval, 5, 1997, pp. 140, 148.
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