Castelo de Moura
Local | Moura / Moura |
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Designação | Castelo de Moura |
Cronologia | Séc. XII (vestÃgios da fortificação islâmica) |
Descrição | O castelo de Moura situa-se no ponto mais elevado da cidade, a 200 metros acima da linha do mar, com um comprimento máximo de 200 m e a largura máxima de 120 m, num espaço geometricamente irregular correspondente a uma área de cerca de 23.000 metros quadrados. Localizada num sÃtio estratégico, na margem esquerda do Guadiana, Moura foi primitivamente ocupada ainda durante a Pré-História, embora tenha sido na Idade do Ferro que conquistou maior importância, dada a sua localização na zona limÃtrofe da área de mineração da Serra da Adiça. Durante o perÃodo romano, o castelo de Moura tornou-se possivelmente na zona palatina do povoado. Moura visigótica terá mantido a importância comercial estabelecida durante a ocupação romana, algo que terá continuidade durante o perÃodo islâmico. Então, Moura destaca-se, em particular, no comércio de metais preciosos, em particular a prata. É durante a segunda metade do século XII, num contexto almoada, que o alcácer de Moura sofre uma campanha de fortificação. Essa muralha islâmica teria um espaço intramuros de cerca de 2 ha de área. Progressivamente destruÃda ao longo do tempo, não são muitos os vestÃgios que chegaram até à actualidade: apenas algumas estruturas dispersas localizadas no lado Nordeste da fortificação, uma torre em taipa a Sueste, sobre a entrada principal do castelo, junto a um pano de muralha também em taipa, e os vestÃgios de uma outra torre em taipa junto à muralha Norte, num estado de acentuada ruÃna. A torre a Sueste apresenta uma planta ligeiramente trapezoidal, com 7,6 x 6,7 metros de lado e elevando-se aos 13 metros de altura. Na face virada para a Igreja de São João Baptista, apresenta restos de pinturas a cal imitando grandes silhares. Após a conquista cristã, Moura mantém a sua importância comercial e as suas muralhas são alvo de sucessivas reconstruções, primeiro com D. Dinis, com um reforço das fortificações, e depois com D. Manuel, momento da grande campanha reconstrutiva do amuralhamento de Moura. |
Bibliografia | Cláudio Torres e Santiago Macias, O legado islâmico em Portugal, Lisboa, CÃrculo de Leitores, 1998, pp. 165-166; Santiago Macias, "Castelo de Moura", in Discover Islamic Art. Place: Museum With No Frontiers, 2014; Santiago Macias, "Moura na Baixa Idade Média: elementos para um estudo histórico e arqueológico", Arqueologia Medieval, 2, 1993, pp. 127-157; Santiago Macias, As muralhas medievais de Moura; Idem, Moura na Baixa Idade Média: elementos para um estudo histórico e arqueológico; Paula Cristina Rodrigues Conceição Conduto Costa Mira, Contributo para a conservação do património urbano de Moura – análise morfp-tipológica e da imagem urbana no espaço intra-muros do castelo e no Bairro da Mouraria, Évora, 1999. |
Links | http://igespar.pt/pt/patrimonio/pesquisa/geral/patrimonioimovel/detail/74033/ http://www.discoverislamicart.org/database_item.php?id=monument;ISL;pt;Mon01;27;pt |
Categoria(s) | Arquitetura |
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