Descrição | É uma fortificação edificada originalmente no perÃodo romano mas com constantes campanhas de reconstrução. Tem 700 metros de perÃmetro e as muralhas apresentam 2,7 metros de espessura, usando silhares romanos em granito. Os torreões cilÃndricos filiam-se ainda segundo a tradição romana. Da campanha construtiva islâmica resta o troço junto à Sé de Idanha. A sua estrutura ajusta-se ao modo construtivo conhecido como emplecton, ou seja, a edificação de dois paramentos com silhares colocados aproximadamente contra-fiados. Os blocos eram apoiados em alvenaria e o núcleo preenchido com terra e materiais dispostos horizontalmente – uma técnica construtiva que tem paralelo na Alcazaba de Mérida (séc. IX). Além da construção deste troço, a muralha tardo-romana também terá sofrido reparações durante o perÃodo islâmico, nomeadamente em finais do século IX, por ordem de Ibn Marw?n.
|
---|
Bibliografia | Cláudio Torres e Santiago Macias, O legado islâmico em Portugal, Lisboa, CÃrculo de Leitores, 1998, pp. 76-77; João Pedro Oliveira Gomes, "SubsÃdios para o estudo da ocupação islâmica no Centro de Portugal", Xelb, 9 (Actas do 6º Encontro de Arqueologia do Algarve), 2009, pp. 560-561; Carlos Alberto Ferreira de Almeida, História da Arte em Portugal, vol. 2, Lisboa, Alfa, 1986, p. 37; Pedro Salvado, As muralhas e a torre de Idanha-a-Velha; José Cristóvão, A aldeia histórica de Idanha-a-Velha. Guia para uma visita, Idanha-a-Nova, 2001; Idem, As Muralhas Romanas de Idanha-a-Velha. Dissertação de Mestrado, Coimbra, Faculdade de Letras de Coimbra, 2002; Artur Manuel de Castro Corte-Real, Idanha-a-Velha. Memórias em imagens, Idanha-a-Nova, 2000; Susana Duarte, "Cerâmicas de Idanha-a-Velha: contributo para o estudo dos motivos decorativos", O Arqueólogo Português, série 4, vol. 18, 2000, pp. 99-140.
|
---|