Património

Castelo de Aljezur

LocalAljezur / Aljezur
DesignaçãoCastelo de Aljezur
CronologiaSéc. XII-XIII
DescriçãoPovoamento fortificado com origem islâmica, sobrepondo-se a vestígios da Idade do Ferro, o Castelo de Aljezur situava-se numa posição estratégica, junto da via terrestre que fazia a comunicação entre o território de Silves e o Baixo Alentejo, e com fácil acesso ao mar através da Ribeira de Aljezur. A fortificação de Aljezur integrava o sistema defensivo que protegia o território de Silves durante o domínio almoada (séculos XII-XIII). A muralha apresenta uma planta octogonal bem adaptada à elevação do terreno e é construída em xisto. A porta virada a norte era defendida por um bastião de planta semi-circular. Numa época posterior à construção, foi acrescentada uma segunda torre de planta quadrangular. Além destas duas torres, subsistem da época islâmica alguns troços de muralha e uma cisterna. O perímetro amuralhado albergava um conjunto de estruturas habitacionais, algumas antecedendo a construção das próprias muralhas. Além de servir de refúgio no caso de ataque, o espaço amuralhado teria também a função de celeiro e armazém colectivo. Intervenções arqueológicas trouxeram a descoberto, além de estruturas habitacionais e silos, materiais cerâmicos muito diversos mas constituindo um conjunto cronologicamente homogéneo, situado entre a segunda metade do séc. XII e a primeira do séc. XIII e apresentando afinidades formais e decorativas com as cerâmicas almoadas de Silves. Parte desses materiais encontra-se depositado no Museu Municipal de Aljezur e no Museu Regional de Lagos.
BibliografiaCláudio Torres e Santiago Macias, O legado islâmico em Portugal, Lisboa, Círculo de Leitores, 1998, p. 191; Helena Catarino, O Algarve Islâmico. Roteiro por Faro, Loulé. Silves e Tavira, Faro, Comissão de Coordenação da Região do Algarve, 2002, pp. 17-18; Cristina Garcia, "Castelo de Aljezur", in Discover Islamic Art. Place: Museum With No Frontiers, 2014; Rosa Varela Gomes, Silves (Xelb), uma cidade do Gharb Al-Andalus: território e cultura (Trabalhos de Arqueologia, 23), Lisboa, Instituto Português de Arqueologia, 2002, p. 120; Maria José Gonçalves, "O Barlavento Algarvio", Arqueologia Medieval, 12, 2012, pp. 166-167; Helena Catarino, "Castelos e território omíada na kura de Ocsonoba", Mil Anos de Fortificações na Península Ibérica e no Magreb (500-1500). Actas do Simpósio Internacional sobre Castelos, Lisboa, Edições Colibri / Câmara Municipal de Palmela, 2002, pp. 34-35; Carlos Tavares Silva e Rosa Varela Gomes, "Primeiros resultados das escavações arqueológicas no Castelo de Aljezur", Mil Anos de Fortificações na Península Ibérica e no Magreb (500-1500). Actas do Simpósio Internacional sobre Castelos, Lisboa, Edições Colibri / Câmara Municipal de Palmela, 2002, pp. 347-356; Natércia Magalhães, Algarve – Castelos, Cercas e Fortalezas, Faro, 2008; Pedro Gomes Barbosa, Aljezur, entre o Islão e a Cristandade, Aljezur, 2000.
Linkshttp://igespar.pt/pt/patrimonio/pesquisa/geral/patrimonioimovel/detail/74149/
http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=2813
http://www.discoverislamicart.org/database_item.php?id=monument;ISL;pt;Mon01;32;pt


Categoria(s)Arquitetura
ComentáriosOrigem de imagem: Carlos Tavares Silva e Rosa Varela Gomes, "Primeiros resultados das escavações arqueológicas no Castelo de Aljezur", Mil Anos de Fortificações na Península Ibérica e no Magreb (500-1500). Actas do Simpósio Internacional sobre Castelos, Lisboa, Edições Colibri / Câmara Municipal de Palmela, 2002, pp. 347-356;
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