Descrição | SÃtio muçulmano, intervencionada arqueologicamente. Localiza-se na cumeada da serra do Louro, a cerca de 200 metros do castro de Chibanes. Foi habitada desde o emirato até finais do califado ou inÃcios das taifas. Foram descobertos os fundamentos de estruturas habitacionais e de trabalho construÃdas em pedra calcária irregular, mas também estruturas que foram interpretadas como tendo servido de espaços religiosos, nomeadamente um pequena mesquita rural, em cuja sala-oratório registaram-se dois mihrâb (um do perÃodo emiral, outro do califal). O carácter religioso desse espaço é também testemunhado pela descoberta de dois fragmentos de escápulas de bovÃdeo com a inscrição da basmala ("Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso") e dois rolinhos de chumbo também com conotação religiosa. Na alcaria do Alto da Queimada, viveriam povoações dedicadas à agrÃcultura e pastorÃcia, mas também à caça, tecelagem e, dada a proximidade do Sado, possivelmente também à pesca e recolha de âmbar. O Alto da Queimada foi identificado como sÃtio arqueológico em inÃcios do séc. XX, mas só começou a ser intervencionado arqueologicamente de forma sistemática a partir da década de 90.
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Bibliografia | Isabel Cristina Fernandes, "Alcaria do Alto da Queimada", Palmela Arqueológica: espaço, vivências e poderes. Roteiro da exposição, Palmela, MunicÃpio de Palmela, 2008, pp. 39-41; Idem et al., Palmela Arqueológica no contexto da região interestuarina Sado / Tejo, Palmela, MunicÃpio de Palmela, 2012, pp. 117-120, 133-142; Idem, "Palmela – um castelo e um território no perÃodo islâmico: estado da investigação e perspectivas", Xelb, 9 (Actas do 6º Encontro de Arqueologia do Algarve), 2009, pp. 393-403; Miguel Serra, Eduardo PorfÃrio e Andreia Machado, "Alto da Queimada, Conservação de estruturas arqueológicas", + museu. Boletim do Museu Municipal de Palmela, n.º 11, Maio/Outubro 2009, pp. 10-12.
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